por Rodrigo Castro
"Todos os filmes são políticos." É assim que Konstatinos Gravas - ou, como é mais conhecido mundo afora, Costa-Gravas (bio em inglês no IMDb) - define o Cinema. O cineasta grego abre a terceira semana da mostra especial de setembro no Carcará com o filme Z, e é reconhecido mundialmente por seus filmes-políticos - conceito que, como se vê, não se encaixa ao diretor. Em entrevista no ano passado à Folha de S. Paulo, Costa-Gravas defendeu o incentivo governamental ao Cinema em cada país, mas sabe das ressalvas: "Desde seu nascimento, o cinema teve papel importante na sociedade, na formação da sensibilidade das pessoas [...]. Ele desempenhou um papel negativo na década de 30, na Rússia de Stalin e durante a Guerra Fria, em Hollywood, porque manipulou os espectadores e divulgou uma ideologia que não era a do cinema livre."
"Todos os filmes são políticos." É assim que Konstatinos Gravas - ou, como é mais conhecido mundo afora, Costa-Gravas (bio em inglês no IMDb) - define o Cinema. O cineasta grego abre a terceira semana da mostra especial de setembro no Carcará com o filme Z, e é reconhecido mundialmente por seus filmes-políticos - conceito que, como se vê, não se encaixa ao diretor. Em entrevista no ano passado à Folha de S. Paulo, Costa-Gravas defendeu o incentivo governamental ao Cinema em cada país, mas sabe das ressalvas: "Desde seu nascimento, o cinema teve papel importante na sociedade, na formação da sensibilidade das pessoas [...]. Ele desempenhou um papel negativo na década de 30, na Rússia de Stalin e durante a Guerra Fria, em Hollywood, porque manipulou os espectadores e divulgou uma ideologia que não era a do cinema livre."
Z será exibido nesta quinta-feira, 401, nos horários de sempre: 16h e 18:30.
Na sexta-feira, dia 17 de setembro, é a vez de mais um cineasta marginal mostrar seu talento nas telas do Carcará. A Mulher de Todos, de Rogério Sganzerla (bio no Wikipedia), será exibido às 16h e às 18:30h. Sganzerla foi parceiro e amigo de Glauber Rocha e Julio Bressane, entre outros cineastas da época. E sobre o filme em questão, você pode conferir a opinião de Ruy Gardnier, da Contracampo - Revista de Cinema, para quem "raros filmes têm o dom de ficar mais contemporâneos com o tempo. A Mulher de Todos é um deles."
Por fim, como já vem acontecendo todos os sábados, Alfred Hitchcock (bio em inglês no IMDb) fecha a semana com mais um clássico do suspense: Janela Indiscreta, filme de 1954 e 112 minutos de duração. O elenco conta com a presença marcante de James Stwart, que se tornou um grande parceiro de Hitchcock em diversos filmes. Uma curiosidade marcante do filme é o fato de que todos os sons pertencem ao mundo do próprio filme - o chamado som diegético -, ou seja, as músicas, as falas e todos os outros sons foram captados durante as gravações. Janela Indiscreta é um clássico voyeur, já que utiliza muito bem o cenário em companhia do enredo, fazendo do público parte ativa do filme. Rodrigo Cunha, em crítica publicada no site CinePlayers.com, enfatiza que o maior mérito do filme é "o modo com que tudo foi apresentado, nos colocando na mesma perspectiva do personagem, descobrindo as coisas com ele, nos levando a querer bisbilhotar o que acontece em volta também."
Bom divertimento, e não perca a última semana da mostra!
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