- Você troca seu walkman de 19-e-lá- vai-bolinha por um iPod Classic novinho? |
Após o pontapé inicial de que precisava, o desenvolvimento de tecnologias digitais não parou mais de crescer. Para ainda ficar no exemplo da música, com o surgimento do MP3, desenvolvido ao longo das décadas de 1970-90, a transmissão de arquivos de música via internet ficou mais fácil, graças às peculiaridades de compressão que o formato tem. Não demorou muito para que, juntando o útil ao agradável, sistemas de compartilhamento surgissem para que os usuários pudessem trocar seus arquivos sem sair de casa. Isso se aplica também ao mercado cinematográfico, editorial, jornalístico e às grandes bolsas de valores espalhadas mundo afora - basta um clique para transferir seus milhões de um país a outro, assim como o mesmo clique pode definir se ficará mais ou menos rico (pois para investir na bolsa você, no mínimo, já tem uma boa grana!).
Tudo parece muito bom. O usuário se dá bem, consome os produtos em casa, no trabalho, no carro, sem incomodar ninguém, já que os fones de ouvido estão mais do que difundidos - para ser justo, já vieram praticamente incorporados aos novos suportes, uma vez que a individualização passou a ser uma das principais características desse novo tempo -, as opções de escolha são, à primeira vista, infinitas... Que mais poderia querer? Aqui entra o outro lado da moeda. Ainda não existe um sistema que seja tão bom para a grande indústria cultural e para os consumidores digitais - atualmente, o a balança dos benefícios tem pesado mais para o nosso lado, meros usuários e ávidos por ter as maiores novidades culturais em nossos computadores, tablets ou seja lá o que for. É verdade que boa parte desse desequilíbrio é culpa da própria indústria de bens culturais, pois não soube controlar os monstros que criou, já que boa parte das inovações partiu de grandes conglomerados de mídia e tecnologia. Os grupos que antigamente dominavam toda a produção e difusão desses bens estão, agora, sentindo a força que a internet tem.
Pensando nessas questões que hoje em dia são tão pertinentes para a sociedade - e, indo além, para uma sociedade baseada no consumo como pressuposto da existência -, o Cineclube Carcará decidiu realizar um evento que tratasse do tema de uma forma mais organizada, para além das reuniões dos membros. O que antes surgiu como uma ideia de um debate sobre direitos autorais com um ou dois professores da Universidade Federal de Viçosa tomou uma proporção maior e virou o Fórum de Cultura Digital, contando com a participação de cinco professores da UFV. É a oportunidade de se discutir, num espaço aberto à participação de todos, assuntos que hoje em dia parecem tão naturais pois já incorporados à nossa rotina diária, mas que tem diversas implicações econômicas, culturais, políticas e comportamentais.
Aproveite o I Fórum de Cultura Digital de Viçosa...
Pensando nessas questões que hoje em dia são tão pertinentes para a sociedade - e, indo além, para uma sociedade baseada no consumo como pressuposto da existência -, o Cineclube Carcará decidiu realizar um evento que tratasse do tema de uma forma mais organizada, para além das reuniões dos membros. O que antes surgiu como uma ideia de um debate sobre direitos autorais com um ou dois professores da Universidade Federal de Viçosa tomou uma proporção maior e virou o Fórum de Cultura Digital, contando com a participação de cinco professores da UFV. É a oportunidade de se discutir, num espaço aberto à participação de todos, assuntos que hoje em dia parecem tão naturais pois já incorporados à nossa rotina diária, mas que tem diversas implicações econômicas, culturais, políticas e comportamentais.
Aproveite o I Fórum de Cultura Digital de Viçosa...
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comentários